Ausência paterna: morar na mesma casa não significa ser um pai presente.
Muitas
pessoas que cresceram com o pai por perto, vivendo junto na mesma casa,
convivendo na rotina diária, acreditam que podem afirmar que tiveram um pai
presente. No entanto, é importante entender que muitas vezes a
presença física não garante que o pai conseguiu cumprir seu papel junto
aos filhos. Por esse motivo, decidi falar um pouco sobre duas formas de
ausência paterna: ausência física e ausência emocional.
De
um forma bem simplificada, podemos dizer que:
Ausência
Física: É a ausência concreta do pai na vida do filho, seja
porque os pais se separaram e houve o afastamento real, seja por falecimento,
seja porque o pai não assumiu a paternidade e a mãe teve que assumir a gravidez
sozinha, seja porque a atividade profissional do pai exigia que ele ficasse
longo tempo fora de casa ... enfim, há várias razões para que a ausência física
aconteça e ela é mais facilmente identificável.
Ausência
Emocional: Esta já diz respeito à falta de envolvimento
emocional do pai na vida do filho, mesmo estando fisicamente presente. É quando
o pai não consegue demonstrar afeto, não participa das decisões importantes e
não estabelece uma conexão emocional com seus filhos. Essa ausência é mais
sutil e pode passar despercebida por muito tempo, mas seus impactos são
igualmente significativos, ou seja, pode gerar sentimentos de abandono,
tristeza e raiva.
E
por que é interessante refletir sobre isso?
A
ausência paterna, seja ela física ou emocional, pode deixar marcas profundas na
vida de uma pessoa, impactando diretamente sua autoestima, relações
interpessoais e, consequentemente, seu sucesso profissional.
No
entanto, é importante ressaltar que a ausência paterna não é um destino, mas
sim, um desafio a ser superado, e que existem algumas alternativas para lidar
com as consequências que geralmente ficam dessa relação que deixa tantos
vazios.
Buscar
ajuda profissional, como a psicoterapia, pode ser um passo importante e vai
permitir que seja criado um espaço seguro para falar das dores e também para
construir uma vida mais plena e satisfatória. Mas, na impossibilidade de
se fazer esse investimento agora, eu vou te sugerir alguns pontos de reflexão
que vão ajudar no seu processo de autoconhecimento. Vamos lá?
1.
Sua relação consigo:
-
O que você pensa a respeito de si? Gosta de sua forma de ser e de agir? Se
considera uma pessoa corajosa para enfrentar os desafios da sua vida?
-
Como você lida com seu próprio corpo? Quando se olha no espelho gosta do que
vê? O que não te agrada e porque não agrada?
2.
Sua relação com os outros:
-
Como anda sua vida afetiva e social? Sente que tem facilidade para construir
relacionamentos saudáveis? Ou você é daquele tipo que sempre está às voltas com
colegas traíras e namoros que não dão em nada?
Acredito
que esses dois aspectos já podem te ajudar a pensar um pouquinho sobre você
mesmo. Claro que isso não substitui ajuda profissional, mas é uma forma de você
ir construindo uma consciência maior de si e pensando na sua história.
E,
não se esqueça: você é o autor da sua própria história! Você pode
superar qualquer desafio e construir uma carreira de sucesso.
Caso queira conversar sobre o que esse texto despertou em você, é só me chamar no Instagram:
@elienelima.psi
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