Psicologia - que profissão é essa?

 



A famosa frase “De médico e louco todo mundo tem um pouco” nos remete à ideia que muitas pessoas tem a respeito da Psicologia - tem gente que acha que psicólogo é um tipo de médico e tem gente que acha que psicólogo é para cuidar de doido. Mas isso são crenças embasadas numa série de mitos que envolvem essa profissão. 

No dia 27 de Agosto comemoramos, no Brasil, o Dia do Psicólogo, e essa é uma boa oportunidade para tirarmos algumas dúvidas sobre este campo do saber por vezes tão mal compreendido. Entendendo melhor o que esse profissional pode oferecer saberemos exatamente o que dele esperar.


O que não é Psicologia

Às vezes, para entender alguma coisa, é mais fácil começar dizendo o que ela não é. Portanto, Psicologia:

1. Não é um ramo da medicina: para ser psicólogo/a é preciso se graduar em Psicologia, e não em Medicina.

2. Não é profissão que cuida de doido: sem entrar no mérito do que venha a ser loucura, o que é preciso saber é que quando alguém procura um atendimento psicológico não quer dizer que está com alguma doença mental.

3. Não é um processo de adivinhação do que estamos pensando ou sentindo: a Psicologia se utiliza de técnicas e teorias científicas para entender o comportamento e não de bola de cristal para acessar a mente humana.

4. Não é para receitar remédio “tarja preta”: o curso de Psicologia não habilita o profissional a ministrar medicação ou fazer receita médica; se o paciente está em psicoterapia e precisa ser medicado, deverá ser encaminhado para um profissional que tenha permissão legal para isso.


O que a Psicologia se propõe a fazer

A Psicologia é uma ciência, reconhecida no Brasil desde 1962, e que a partir de métodos e técnicas testados e comprovados contribuem para a saúde mental e o desenvolvimento humano em vários contextos. Então, a psicologia estuda o comportamento humano a fim de:


1.   Ajudar as pessoas a saber mais sobre si mesmas;

2.  Contribuir para a prevenção da saúde mental;

3.  Promover tratamentos para os casos de sofrimento psíquico e doenças emocionais;

Produzir informações e avaliar o desenvolvimento emocional, os processos mentais e sociais das pessoas e das instituições.


Áreas de atuação do Psicólogo

A psicologia vem ganhando espaço ao longo dos anos e sua aplicação abrange tanto os processos individuais quanto os grupais. Podemos dizer que a Psicologia é uma só, porém sendo catalogada de acordo com o cenário e o formato em que é aplicada. Assim, as principais áreas de estudo e prática da psicologia, são:

1.       Psicologia clínica

2.       Psicologia Organizacional e do Trabalho

3.       Psicologia Educacional

4.       Psicologia do Esporte

5.       Psicologia Jurídica

6.       Psicologia Hospitalar

7.       Psicologia Social

8.       Psicologia do Trânsito

Estas são as especialidades mais definidas e consensuais, no entanto, existem outras práticas psicológicas sendo exercidas, como é o caso da psicopedagogia, a neuropsicologia, a psicomotricidade, todas elas trazendo importante contribuição para a saúde e o bem estar das pessoas.


Psicólogo e terapeuta é a mesma coisa?

Terapeuta é uma palavra oriunda do grego therapeutes e significa “aquele que cuida, que trata, que cura doentes”. Portanto, existem terapeutas com diversas formações profissionais, incluindo a medicina, a terapia ocupacional, a fisioterapia, e várias outras provenientes de cursos livres ou de graduação e que se incumbem de promover o bem estar e a saúde física e/ou emocional. No caso da psicologia, quando o profissional opta por exercer a área clínica também é chamado de terapeuta, mas vimos acima que esse é um campo com muitas ramificações e nem sempre haverá atendimento psicoterápico na rotina de um psicólogo/a.


Como escolher um psicólogo/a?

Cada profissional tem uma forma peculiar de trabalhar, definida pela sua formação e também por sua própria personalidade. É importante que haja afinidade com a abordagem de quem está te atendendo, com a maneira dela/dele trabalharem, e se observar ao final da primeira sessão - se restou uma sensação de que houve um acolhimento ético e responsável das queixas que foram levadas, é sinal de bom começo e parceria promissora.

No entanto, é importante lembrar que nem sempre saímos de uma consulta psicológica em total estado de graça, pois bloqueios emocionais enraizados podem incomodar quando são mexidos. Cabe ao profissional ser respeitoso com a dor de seu cliente e transmitir a ele o conforto de que não está sozinho, mas se não aconteceu uma boa conexão é melhor buscar ajuda em outro lugar. Isso é muito comum!

No dia 27 de Agosto, parabenizo e agradeço a todos os psicólogos/as que estiveram ao meu lado até aqui, me ajudando a acessar a alma por meio da palavra e, ao ouvi-la, me apoiaram na construção do caminho da cura. 

 

 

 


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