Suicídio é doença?
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Desde 2003 a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu Setembro como
o mês dedicado à prevenção ao suicídio. No Brasil, as ações efetivas se
iniciaram em 2015 por meio de campanhas que tem como objetivo discutir essa
temática e esclarecer melhor a população a seu respeito.
O suicídio tem causas variadas e é comum que provoque certo sentimento de culpa naqueles que vivem em torno de quem o praticou, pois passam a se questionar sobre o que poderiam ter feito para evitar. Mas, na prática, o que pode ser feito, mesmo, para evitar?
Muitas pessoas abordam o suicídio como uma doença. No entanto, suicídio
é um comportamento resultante de comprometimentos na saúde mental de quem o
pratica. Não é a doença, em si!
Retirar a própria vida é um ato extremo de quem não vê outra saída para a dor que sente. Em alguns casos é provocada por transtornos de personalidade ou doenças mentais, mas também pode ser uma resposta a situações pontuais da vida com as quais a pessoa não deu conta de lidar.
Suicídio e doença mental
Várias doenças podem levar à ideação suicida ou à sua concretização. No
entanto, a mais comum delas é a Depressão e a partir dela podem ocorrer
diversos comportamentos atentatórios contra a própria pessoa. Um indivíduo que
sofre de depressão pode não só se matar quanto pode se cortar, usar substâncias
que prejudiquem sua saúde, fazer uso imoderado de bebida alcoólica ou até se
auto medicar. Por isso sempre associamos depressão ao suicídio, mas
essa não é a única doença que pode levar a tal ato.
Existem certos diagnósticos de doença mental onde os delírios e as
alucinações são muito comuns. Nestas situações, o indivíduo pode atentar contra
si por responder a alguma voz que somente ele ouve ou por algum pensamento que
lhe conduz ao ato, criando nele uma crença de que se não o fizer terá alguma
consequência para pessoas à sua volta. Estes são só alguns exemplos que eu
trouxe para dar uma ideia do quão complexo é o mundo interior de alguém que
pode chegar ao ato suicida.
Quem tem um familiar que sofre de doença mental sabe que a vigilância
deve ser uma constante. Monitorar o uso da medicação é primordial para que seja
feita na quantidade e horários certos, não permitindo que o paciente deixe de
usar mas também não deixando à vontade para que ele possa ultrapassar a dose
recomendada. Observar se há qualquer mudança de comportamento, mesmo dentro da
realidade geralmente confusa que já é a rotina destes indivíduos, também pode
ser bastante preventivo, para que se possa agir em tempo hábil.
@elienelima.psi
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